Dou adeus ao que fomos
e aceno para para minha pele que envelhece.
Sua cor me faz falta.
É uma tristeza condescendente.
Se pensar, bem lá no fundo,
acabo descobrindo que viver é isolamento.
E nem quero saber de más notícias.
Angustiante e discretamente educada é a recordação do que fomos,
resta dúvida no que nos transformamos (ou estamos nos transformando).
Teu licor amarga minha boca.
Essas lágrimas, no ônibus, já marcaram meu rosto.
Não quero ser a pedra no meio da estrada,
nem deixar passar,
nem estagnar numa tristeza incauta,
nem rasgar a ferida todo vez que te olho.
Não percebes?
Também não quero receber cuidados
só para não mofar na estante.
Esquece teu orgulho que cheira à relíquia de família.
Vem, inclina teu ouvido.
Meu grito por aceitação é mudo.
maio/2013
uau...adorei prima...vc tem se superado a cada dia...beijo grande..Luana
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