Sentei-me naquela cadeira giratória e rodei.
Rodei, rodei, rodei.
Senti meus cabelos no ar.
Meus pé saíram do chão.
Vento, vento, vento. Porta, janela, porta.
Continuei rodopiando, ensandecida em meus pensamentos.
Parecia pileque.
Por um momento, esqueci de tudo:
de você, do carro estacionado em lugar proibido.
O mundo em redemoinho e eu, em total felicidade.
Vento, vento, vento.
Meus olhos sem lágrimas de tanta ventania.
Eu flutuava.
Costumava fazer isso quando criança: rodear em torno de mim mesma até cair de cansaço ou tontura.
Vento, vento, vento.
Não sou mais menina,
mas queria perpetuar esse momento de total liberdade.
novembro/2012
Boneco Mamolengo.
ResponderExcluirHehehehehehehe!!
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