Nem sou tão sabida assim
mas algo notei
por tudo que já andei :
é impossível prever um futurinho qualquer
ou saber quando se invade a contra-mão.
E já que a vida parece mesmo tão acelerada quanto dizem,
o jeito é não desperdiçar o relógio.
Não deixar que a madureza
enfraqueça as importâncias,
impedindo o admirar as pequenezas como ver o dia passar.
Não, não choramingo que não mereço isso ou aquilo.
Posso até merecer, mas não quero.
Aceito uma boa poesia, daquelas sem razão,
como se os versos pudessem, por si só,
realizar meus sonhos e desejos.
Sou pedra de cachoeira sentindo a água deslizar.
Quero apenas descobrir o que me paralisa
ou sob qual intempérie não prossigo.
Mas entendo que não é ocultismo nem vampirismo,
vodu, ponta de alfinete ou olhos de medusa.
O segredo é não se levar tão a sério.
Para ouvir enquanto lê: O que você quer saber de verdade
setembro/2012
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