quarta-feira, 11 de julho de 2012

PARA ROMA COM AMOR


Gosto de viver. Mas, sinceramente, a vida parece nos sufocar de vez em quando.
Ontem fui ao cinema e vi um filme do Woody Allen, uma linda película. Bom humor e inteligência ao retratar as relações humanas, a lealdade, os sonhos esquecidos e a importância do carpe diem. Assuntos básicos, não é? Pois eu te digo que não. Somente quem tem coragem pensa nisso. E quem pensa, sofre. Não tem fim. Saímos dali pra tomar um café. Não, eu não gosto de capuccino. Tá, eu sei que é chique e tudo mais. Mas eu decidi que estou cheia de opiniões. Vou só dizer a verdade pra ver no que dá. Preferi chocolate com nutella, beeem doce, beeem escamoso, beeeeeeem cheio de chocolate. Vi tantas fisionomias diferentes, tanta gente bonita de olho claro e eu naquele frio de doer os ossos, toda cheia de roupa, cachecol, bota, meia. Olhei em volta, vi todo mundo feliz, com uma cara meio blazé, tipo "tô sempre aqui na Paulista". Ah! E eu com meus pés gelados, esses meus olhos jaboticabais, tão incompetente para mudar os fatos, meu destino ou pra sair gastando tudo com um american express. Atravessei a avenida tão bonita, iluminada, aquele vento cortando meu rosto e entrando por baixo do casaco. Pegamos o carro, atravessamos a cidade vazia, solitária. Tudo bem, eu sei, não é nenhuma tragédia dantesca porque eu nem sou tão malandra assim.

julho/2012

4 comentários:

  1. Que lindo, Mô!
    Faz muito sentido, acho os filmes do Woody Allen nada triviais e perturbadores também.

    Um beijo

    Cla, a paxão da Mugana

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    Respostas
    1. Ô Clá! Que bom que viestes! Seja sempre bem vinda, minha paxãaaao hahahaha.

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  2. Lindo Morgana, às vezes nos surpreendemos com as pessoas a nossa volta, você é uma grata surpresa. Bjs

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  3. ô Mana, que bom poder dizer pra todo mundo que sou sua irmã! Amo vc. Beijos

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