Apaixonou-se por um homem que ela acreditava estar vivo,
mas que na verdade havia morrido há anos.
A pobre insistia na relação abismal.
O falecido não correspondia.
Não tinha como.
Morto não tem forward, só rewind.
As flores que ele entregava,
mal sabia a moça,
vinham direto do cemitério das lembranças dele.
Eram os crisântemos depositados na lápide.
A viva era enganada, deixava-se enganar,
queria passar o dias enganada.
Preferia a relação zumbística a dizer adeus,
não queria despencar mais uma vez.
Para o defunto, tudo bem,
ele não tinha nada a perder.
Já estava morto mesmo...
agosto/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário