quinta-feira, 9 de agosto de 2012

LEMINSKI ME ACONSELHA SOBRE A SAUDADE

Oi Leminski, tô aqui pra dizer que estou descontente com essa saudade. Me perdoe se por algum momento me achares piegas ou coisa do tipo. Me dê um desconto. É que lendo Fabrício, percebi algo que me fez pensar: "A saudade é a certeza de nossa insuficiência". É verdade. Que poder é esse que ela tem sobre nós? A necessidade da presença e o anseio pela solução imediata que não chega, evidentemente, fazem-me sentir impotente. Não gosto. Na realidade, o que desejo mesmo é estar com as rédeas nas mãos e o GPS na mente pra não deixar o cavalo escolher o caminho. Difícil, inadequada, inconveniente, inoportuna saudade. Bom mesmo é quando ela chega e a gente diz, sem titubear: - Volte mais tarde. E, Pá!!!, bate a porta na cara com tudo porque já se antecipou. Existe um vale-saudade? Antídoto pra falta de alguém? Remédio pra pensamento excuso? A surpresa inevitavelmente me arrasa. Ah! A segurança de saber quem sou, onde estou, para onde vou... Será que conseguirei sentir isso um dia?



Querida,
A saudade nos aproxima de quem é de nosso paladar...

A noite - enorme.
Tudo dorme.
Menos teu nome.






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