Há dias em que meu rosto amanhece nublado e eu preciso de um toque.
Uma palavrinha besta, um abraço mais ou menos apertado, um beijo na testa.
Qualquer gentileza de propósito serve.
É uma ausência de tanta coisa...
Não é só o receio de escorregar, nem de cair.
É temor de sentir o sangue na boca depois de arrebentá-la no chão.
Não costumo ser medrosa com isso - tenho pavor mesmo é de barata, de assalto, da indiferença.
Mas como eu ia dizendo, neste dia eu sinto falta é de um carinho.
Uma borboleta saracuteando por perto, atrapalhando-me ao caminhar, já isso seria bom.
Hoje eu estou assim... um pouco neblina, um pouco apagada, um pouco sem saco pra nada.
agosto/2012
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